Nova ambição para a Universidade

A centralidade atribuída ao conhecimento enquanto fator de desenvolvimento das regiões exige da Universidade um posicionamento bem definido. As dinâmicas de globalização reforçam a integração das Universidades em redes e a consolidação de relações sólidas de cooperação com o mundo empresarial. Esta agenda coloca uma elevada exigência no conhecimento multidisciplinar e em processos de inteligência coletiva e de inovação, valorizando a criação de redes institucionais e temáticas.

Neste contexto foi criada recentemente uma rede de cooperação científica e tecnológica para a investigação e experimentação da vinha e do vinho, denominada “Rede de Investigação e Experimentação da Vinha e do Vinho do Douro”, que integra a UTAD, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, o Regia-Douro Park, IVDP e o Turismo de Portugal, envolvendo a Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego. Esta rede tem como objetivo facilitar a investigação da vinha e do vinho, numa perspetiva de sistema em que se assumam as interações entre as várias componentes, caso da enologia, dos mercados e consumidores, dos recursos endógenos e património, do turismo e da gastronomia.

As experiências turísticas centradas no vinho e na gastronomia produzem efeito noutras dimensões do desenvolvimento do território, casos da agricultura, da restauração, e das indústrias culturais e criativas. Por outro lado, contribuem para a promoção da imagem do território e a criação de emprego e de riqueza.

A gastronomia assume-se como uma importante fonte de diversidade cultural, económica e social, e, consequentemente, um recurso turístico decisivo, com um papel incontornável no desenvolvimento local, fornecendo as bases para negócios emergentes e inovadores. A gastronomia associada ao vinho são recursos endógenos essenciais para a diferenciação e valorização dos territórios e dos seus destinos, assumindo particular relevância no Douro.

Indubitavelmente, a UTAD continua a afirmar o seu papel no desenvolvimento da região, garantindo uma maior interação com o tecido económico e social, em articulação com a estratégia de especialização inteligente. Esta estratégia exige uma abordagem transdisciplinar e sistémica dos problemas do território, valorizando e potenciando os seus recursos materiais e imateriais.

Fonte: Notïcias de Vila Real

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