Capicua foi a estrela maior da primeira noite do Rock Nordeste

Os três já tinham atuado há quatro anos no festival vila-realense, que continua este sábado com os Mão Morta como cabeças de cartaz.

"É um prazer voltar com ainda mais gente", disse a rapper portuense, em frente a um Parque Corgo repleto de gente que aplaudiu o concerto, entusiasticamente, do princípio ao fim.

Capicua fez questão de mostrar a sua "t-shirt" de Elza Soares, cantora brasileira que esteve no "Primavera Sound", no Porto, e que tal como a rapper, expressa sempre a sua atitude feminista nos concertos. Acompanhada por uma banda, a cantora atravessou a sua discografia.

 

"Casa no campo" foi uma das primeiras músicas ouvidas no concerto que rapidamente evoluiu para outras batidas e tornou-se "mais alto, mais intenso, mais rápido", com a própria disse. Passou pelo primeiro disco com "Judas e Dalilas". Ouviu-se "Mão Pesada", a puxar mais uma vez pelas mulheres, e "Vayorken". O público respondeu sempre: saltou-se, dançou-se, puseram-se os braços no ar. "Quero muito voltar outra vez", disse Capicua, antes de se despedir com "Barulho".

Antes, a dupla de Tó Trips e Pedro Gonçalves atuou no palco Teatro com as Cordas da Má Fama. Um concerto intimista, mas que serviu para aquecer o público numa noite que foi, por si só, já muito quente. Os Dead Combo revisitaram o repertório e o público foi aplaudindo temas como "Quando a alma não é pequena", "A menina dança" ou "Putos a roubar maçãs".

Os Sensible Soccers foram o terceiro regresso ao Rock Nordeste. Não faltaram os temas mais antigos e conhecidos como "Sob Evariste Dibo", mas foi o álbum mais recente, "Villa Soledade", a marcar o tom do concerto.

O festival continua este sábado, às 18 horas, com a cantautora Márcia que se vai juntar a Samuel Úria, no palco Parque. Às 22.30 horas, os Mão Morta atuam no palco Teatro, onde vão celebrar os 25 anos do histórico disco "Mutantes S.21".

Fonte: Jornal de Notícias

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